Algo de errado está acontecendo com os números de óbitos divulgados diariamente pela SESPA do Pará. Os números começaram, nas primeiras semanas, com tímidos 4 ou cinco óbitos. No entanto, ironicamente quando o governo Helder Barbalho inaugurou hospitais de campanha e declarou estado de emergência no Pará, os casos dispararam, e ontem, 11 de maio, a Sespa anunciou incríveis 103 mortes e mais 506 casos da Covid-19 no Estado. Entre os óbitos (obviamente por erro de digitação), consta um homem de Belém, de 1 901 anos. Recentemente, outro erro apontou óbito de uma senhora de 823 anos.
De acordo com o boletim mais recente, são 8.069 casos e 812 mortes em todo o estado. Isso mesmo, 812 mortes desde a data em que foi notificado o primeiro caso no Pará, no dia 18 de março. Trocando em miúdos, a Sespa afirma que em menos de dois meses morreram, em média, quase 15 pessoas diariamente em nosso estado, vitimadas pela famigerada Covid 19. A maioria dos casos é registrado na região metropolitana de Belém.
Os números
seriam até compreensíveis, diante da pandemia que assola o pais e também por
conta do Pará ser vizinho do Amazonas, recordista de óbitos e de casos
confirmados da doença. Ocorre que no estádio vizinho, o Amazonas, o atual o
inexperiente governador Wilson Lima, (paraense de Itaituba e estreante na
política), está as voltas com denúncias de corrupção em seu governo,
principalmente no tocante a superfaturamento em gastos com a pandemia. Até o
afastamento do colega de Helder já foi pedido na casa de leis do Amazonas.
Voltando a SESPA do Pará, diante de erros grotescos e números que não batem, fica evidente que os relatórios não estão sendo fiscalizados pelo Ministério Público e não é acompanhado por outros órgãos, o que certamente daria transparência ao que é divulgado pela secretaria de saúde do governo de Helder Barbalho. Apesar de o MPF, mesmo timidamente, já ter cobrado mais transparência da SESPA sobre número de óbitos e infectados pela COVID 19, a verdade é que ninguém sabe quem elabora os relatórios e de que foram eles são feitos.
As informações divulgadas pela Sespa, principalmente no tocante a óbitos, são mais que genéricas, se limitando a informa idade e cidade origem do paciente, deixando margem para muitas interpretações , inclusive fraude. Nos últimos dias, as redes sociais, ( que não são atreladas ao governo) tem mostrado certa tranquilidade nos hospitais, sem filas e com pacientes sendo atendidos dentro da normalidade.
O IML não tem registrado grandes movimentos
que justifiquem a carnificina alardeada pela SESPA e sustentada pela grande
mídia paraense, que tem contratos e negócios com o governo de Helder Barbalho. Com
tanta falta de transparência, sobram perguntas no ar, entre as quais porque não
são divulgadas mais informações sobre o paciente, como profissão, bairro etc. ?
Os óbitos
divulgados todos os dias são do dia anterior ou de dias ou semanas atrás ?
O que está
sendo feito com os cadáveres, uma vez que o IML de Belém não comportaria 100
corpos no mesmo dia ?
Com a
palavra o governo, a Sespa e os Ministérios Públicos Estadual e federal.
Conto do
paco
Recentemente,
o governo de Helder Barbalho ganhou as manchetes da imprensa nacional com a
compra de 400 respiradores para reforçar o combate a pandemia no Pará. A compra
foi anunciada em prosa e verso pelo governo, com o pagamento de 50 milhões do
erário do sofrido trabalhador paraense. No entanto, esta semana, o “negócio da
china” virou o “conto do paco”, uma vez que os respiradores entregues não
funcionam, revelando a imprudência e ingenuidade (isso para dizer o mínimo) com
que o governo tratou uma questão tão séria. Acuado e envergonhado, o governador
se apressou em ir a justiça para processar a empresa que vendeu os tais
respiradores. Contra os “ metralhas” que enganaram o inocente governo se pediu
de tudo na justiça, bloqueio de valores e de passaportes e tudo o mais. Só não
pediram o óbvio : a prisão do envolvidos. Por que será ??
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