Por Evandro Corrêa
O pequeno município de São João da Ponta, cidade paraense com pouco mais de 7 mil habitantes, sustenta um incômodo e vergonhoso troféu no Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE-PA).
Um dos ex-prefeitos da cidade, Orleandro Alves Feitosa, é campeão de condenações, por desvio e malversação de dinheiro Público, na corte de contas paraense. Somados os valores das mais de 20 condenações constantes na mais recente lista de políticos Fichas Sujas, divulgada recentemente pelo TCE, Orleandro teria que devolver aos cofres públicos mais de R$ 50 milhões de reais, atualizando os valores com juros e correção monetária.
Com tantas condenações nas costas, era de se esperar que o ex-prefeito já estivesse fora do cenário político e as voltas com recursos na justiça: Ledo engano. Orleandro Alves é hoje o cacique da cidade de São João da Ponta, dono de patrimônio invejável, que inclui imóveis em Castanhal e Belém. Habilidoso negociador, Orleandro, que aparece na folha de pagamento da prefeitura como chefe de gabinete, vem há muito dando bailes na Justiça e no Ministério Público, estando rico, livre, leve e solto.
As condenações parecem não incomodar o ex gestor, que desde que deixou de ser prefeito, achou o “caminho das pedras” para dominar a política municipal. Pelo menos nos últimos 4 mandatos de prefeitos, todos são indicados e, acreditem, “comandados” por Orleandro Alves.
Em São João da Ponta, até as pedras sabem que é Orleandro que manda no município. Os prefeitos eleitos por ele, sequer podem abastecer nos postos da cidade, sem a autorização do cacique.
O “modus operandi” do ex-gestor remonta a velha política ainda muito presente em municípios distantes da capital. Como uma raposa velha, de quatro em quatro anos, Orleandro Feitosa, que detém a chave do cofre da prefeitura, escolhe um nome para assumir a prefeitura. Capital político ou financeiro não interessam como quesito do provável próximo prefeito, nuito pelo contrário, quanto mais inexpressivo e subserviente melhor. Tudo o que o sujeito tem que fazer é assinar documentos e cumprir acordos firmados por Orleandro.
Trocando em miúdos: um fantoche. Diante de uma situação tão flagrante de assalto aos cofres municipais e de desprezo as leis, a população local se pergunta: Onde está a justiça? Onde está o Ministério Público?
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