Na última terça-feira, 22, por determinação da justiça, o Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará , Sinjor Pa, realizou Assembleia Geral para o instauração do processo eleitoral para a escolha da nova diretoria para o triênio 2020-2023. A medida judicial pôs fim a uma manobra da atual diretoria da entidade, que queria se manter no cargo, mesmo após o fim do mandato, pegando carona na pandemia.
Ao deferir pedido de tutela de urgência, diante da evidente lesão aos direitos dos filiados, o juiz Raimundo Itamar Lemos Fernandes Junior, titular da 16ª Vara do Trabalho de Belém, acatou pedido do Movimento denominado Renova Sinjor e, determinou a realização da assembleia, uma vez que prorrogação de mandato não tem qualquer previsão no estatuto da entidade.
Na assembleia geral foram eleitos seis jornalistas para a comissão que irá coordenar os trabalhos, desde a inscrição de chapas até a posse da nova diretoria. São eles Tania Monteiro, Carlos Rauda, Luiz Waldemir, Paulo Amorim, Jorge Mesquita e Ligia Benar. Mesmo sem previsão estatutária, na reunião a categoria também deliberou o dia 15 de dezembro como a data em que os sindicalizados irão as urnas. Essa data, no entanto, não é consensual. A questão deverá ser dirimida pela comissão eleitoral, que , conforme o estatuto, é quem elabora o calendário eleitoral.
Para o jornalista Evandro Corrêa, que encabeça o movimento Renova Sinjor, a assembleia foi o primeiro passo o início de uma nova história do Sinjor PA. “Nosso sindicato amarga há anos, um processo de inanição e esquecimento, perpetuado por pessoas comprometidas com partidos políticos e totalmente avessas aos anseios da categoria. Não por acaso, a diretoria atual se resume a três ou quatro membros. Isso é reflexo do abandono a que a entidade foi submetida, por pessoas que, há décadas, vem fazendo do Sinjor uma moeda de troca, seja por cargos no governo, ou barganha política”.
Pontou Corrêa, ressaltando que o Renova Sinjor busca, entre outros objetivos, acabar com a política partidária dentro da entidade, “A politicagem destruiu nossa entidade. Ao invés de lutar pelos direitos da categoria, as últimas diretorias se preocuparam apenas em projetos pessoais e o fortalecimento de agremiações partidárias, deixando os sindicalizados a mercê do abandono. Não por acaso, muitos se afastaram do Sinjor. Nossa bandeira é a união e o fortalecimento. Precisamos libertar o Sinjor das mãos de ervas daninhas que fizeram da entidade quintal de partido político”. Finalizou Evandro.
Na visão do jornalista Emanuel Vilaça, o Sindicato dos Jornalistas precisa se fortalecer e reaproximar seus filiados. “Precisamos ultrapassar barreiras e buscar qualificação e preparo para o mercado de trabalho. As mídias sociais apontam para o futuro e abriram um leque de oportunidades. Um sindicato fortalecido é a base para tudo”. Ressalta Vilaça. Outro entusiasta do Renova Sinjor, o radialista Edson Matoso, aposta no novo e na união da categoria. “O jornalismo precisa se encontrar e buscar novos horizontes. A gente precisa se unir em torno do fortalecimento e da união. Os novos jornalistas que estão chegando são muito importantes para o início de uma nova história”.
Pautado na reestruturação da categoria e em uma nova proposta sindical, com diálogo e sem radicalismos, o Movimento Renova Sinjor reúne grandes nomes do jornalismo paraense e também profissionais da nova geração. “A ideia é aglutinar todos, respeitando as diferencias e opiniões, com o olhar em um objetivo comum: defender os direitos e anseios de todos os sindicalizados”, Finalizou Evandro Corrêa.
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