Delegado descarta ligação entre assassinato de segurança e execução de candidato a prefeito em Dom Eliseu

O segurança FRANCIL RODRIGUES DA SILVA, 39 anos, conhecido também como “vovozão do lavajato”, foi executado, com 7 tiros, na noite de ontem, dentro de um bar situado na zona periférica de Dom Eliseu, no sudeste paraense. O crime ocorreu três dias após o assassinato do advogado Adriano Sousa Magalhães, candidato a prefeito da cidade, pelo partido Solidariedade. Magalhães foi morto na noite de quarta-feira, 07, quando jantava em um pequeno restaurante situado ás margens da rodovia BR 010, no centro de Dom Eliseu. 


Em conversa com a reportagem na manhã de hoje, o delegado Adriano Zaguedeclarou que está descartada a relação entre os dois assassinatos. Zague disse que já foi identificada a autoria do assassinato do segurança e que o crime teria relação com tráfico de drogas.


Investigações


Duas equipes da Polícia Civil do Pará estão em Dom Eliseu para investigar o assassinato do candidato a prefeito Adriano Magalhães. Mais de trinta depoimentos já foram colhidos e imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas. Um suspeito foi detido. Nenhuma linha de investigação está descartada. Adriano Magalhães atuava como advogado em Dom Eliseu e região. Em 2016 enveredou-se na política e tornou-se secretário na atual administração. Em 2018 se desligou da prefeitura e iniciou carreira solo na política. Porém, o mesmo se envolveu em vários problemas com a polícia e a justiça e tinha muitos inimigos. Em 2018 ele foi acusado de aliciar e abusar sexualmente de dois garotos de 11 e 12 anos. O processo tramita na comarca de Dom Eliseu em segredo de justiça, por envolver menores. Antes disso, em 2016, ele teve a prisão decretada pelo juiz Cristiano Magalhães, acusado de fraudar centenas de documentos previdenciários. A prisão foi decretada á época, a pedido do Ministério Público. Em 2017, ele se envolveu em um caso de invasão de terra, na fazenda conhecida como “Chinesa”. À época, um invasor da área contratou o advogado para tentar legalizar a invasão. No negócio, as duas partes acertaram que caso o advogado ganhasse a causa na justiça, metade da área ficaria com o causídico. No entanto, mesmo antes de dar entrada na justiça, Adriano Magalhães teria tomado posse da parte prometido no negócio. O caso foi parar na justiça, onde cliente e advogado figuram como invasores. A contenda gerou muita animosidade, com ameaças de ambas as partes .


POR: EVANDRO CORRÊA.

Comentários